Oi, pessoal! Já percebeu como os mais jovens estão puxando a fila quando o assunto é mudança? Não é exagero: a Geração Z, formada por quem nasceu entre meados de 1995 e 2010, tem dado um verdadeiro show de consciência ambiental, engajamento social e inovação no consumo.
Eles cresceram em um mundo hiperconectado, com acesso a informações em tempo real, e isso moldou não só a forma como se comunicam, mas também como pensam o futuro. São críticos, questionadores e não têm medo de cobrar coerência das marcas, das instituições — e até da família.
E o mais interessante? Tudo isso acontece de forma muito natural, integrada ao dia a dia, entre um meme, uma dancinha no TikTok e uma petição online. Com um celular na mão e propósito no coração, essa geração está mostrando que é possível ser jovem e, ao mesmo tempo, agente de transformação.
Uma geração que consome com propósito
Antigamente, o consumo era um símbolo de status. Ter o carro do ano, a roupa da grife, a bolsa da marca — tudo isso representava sucesso. Mas essa lógica vem mudando, e muito! Hoje, ostentar pode até gerar constrangimento, enquanto escolher marcas sustentáveis virou motivo de orgulho. E a Geração Z entendeu isso como ninguém.
Essa galera cresceu em meio a crises climáticas, documentários impactantes e threads no Twitter que viralizam injustiças em minutos. Resultado? Eles compram com consciência. De acordo com uma pesquisa da First Insight, 73% dos jovens da Geração Z estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis — mesmo com grana curta.
Eles leem rótulos, investigam a cadeia produtiva, questionam práticas de trabalho e valorizam empresas com propósito real. E se a marca não se posiciona, se omite ou escorrega em alguma pauta social ou ambiental… o cancelamento é quase certo.
Esse novo padrão de consumo é mais exigente, mais ético e profundamente conectado aos valores que essa geração carrega: transparência, inclusão e cuidado com o planeta. Comprar, pra eles, é também um ato político.
Negócios que nascem verdes 🌱
Além de pressionar, muitos jovens estão criando suas próprias soluções. A Geração Z não quer só reclamar, quer fazer. E faz mesmo! Eles não se contentam em apontar problemas — querem criar alternativas viáveis, acessíveis e com propósito.
Conheça a Isabela Morais, por exemplo. Aos 22 anos, ela criou uma marca de cosméticos veganos e naturais em Belo Horizonte. Tudo começou na cozinha da mãe, com receitas testadas entre amigas e vendas pelo direct do Instagram. Hoje, sua marca entrega para todo o Brasil, emprega cinco pessoas e mantém uma produção baseada em ingredientes naturais, embalagens recicláveis e compromisso com fornecedores locais. E o melhor? Ela ainda compartilha dicas de empreendedorismo consciente nas redes, inspirando outras meninas a também empreenderem com propósito.
Outro caso inspirador é o de Gabriel Vieira, de apenas 19 anos. Ele desenvolveu um app para conectar pessoas a hortas urbanas, feiras agroecológicas e pequenos produtores locais. A ideia nasceu de um trabalho do ensino médio, durante uma aula sobre sustentabilidade. Agora, o projeto está em fase de expansão com o apoio de uma incubadora de impacto social e já começou a gerar renda para agricultores de três cidades do interior paulista.
Esses são só dois entre milhares de exemplos. Jovens como Isabela e Gabriel mostram que não é preciso ter uma grande estrutura para começar algo transformador. Eles provam que a mudança pode começar pequena, ali na sua rua, no seu bairro, na sua escola — com criatividade, propósito e muita coragem. A Geração Z está deixando claro: o futuro é agora, e quem quiser acompanhar precisa se mexer.
Moda, beleza e alimentação repensadas
A Geração Z tem reinventado o consumo em várias áreas:
- Moda: roupas de brechó, upcycling, marcas slow fashion e aluguel de peças ganham espaço nos guarda-roupas dessa geração.
- Beleza: o skincare sustentável, com produtos veganos e cruelty-free, virou febre.
- Alimentação: cada vez mais jovens se interessam por veganismo ou reduzem o consumo de carne em nome do planeta.
E mais do que mudar os próprios hábitos, a Geração Z se tornou uma verdadeira força de transformação dentro de suas famílias e círculos sociais. Eles não apenas adotam práticas sustentáveis no dia a dia, mas também educam e inspiram as pessoas ao seu redor a fazer o mesmo. É cada vez mais comum ver filhos ensinando os pais a separar corretamente o lixo, promovendo a compostagem e incentivando o descarte consciente de resíduos. Além disso, muitos levam suas ecobags ao mercado como um hábito natural, rejeitando plásticos de uso único e demonstrando a importância de escolhas responsáveis. Essa conscientização se estende também ao consumo: ao deixarem de comprar determinadas marcas famosas, esses jovens mostram que não basta qualidade ou popularidade—é essencial que a empresa tenha valores alinhados com sustentabilidade e responsabilidade social. Dessa forma, a Geração Z não apenas molda seu próprio futuro, mas influencia mudanças significativas em toda a sociedade.
Informação = transformação
O acesso à informação faz toda a diferença. Com um clique, essa geração descobre os impactos de um produto, assiste documentários como Minimalism e The True Cost, segue influenciadores que falam de consumo consciente, pesquisa sobre ESG, rastreia ingredientes no rótulo e compartilha tudo com os amigos — ou com milhares de seguidores.
É uma geração que cresceu com internet, redes sociais e senso crítico aguçado. Eles não querem só consumir — querem entender o impacto do que consomem, desde a pegada de carbono até as condições de trabalho envolvidas na produção. E mais: querem coerência. Marcas que falam de sustentabilidade mas agem diferente são rapidamente questionadas — e, muitas vezes, “canceladas”.
E o reflexo disso vai muito além das redes: está nas conversas em casa, nas escolhas do dia a dia e até nas pautas escolares. Jovens informados estão educando seus pais, amigos, professores. Estão, aos poucos, moldando uma nova cultura de consumo. Mais justa, mais consciente, mais humana.
Pequenas atitudes, grandes mudanças
A transformação não precisa vir com megafones ou protestos nas ruas (embora isso também aconteça). Às vezes, ela começa com um story mostrando um desodorante natural, um unboxing de marcas sustentáveis ou um vídeo didático explicando o que é greenwashing e por que devemos ficar de olho.
A Geração Z sabe que cada pequena atitude conta — e que cada atitude pode inspirar centenas de outras. Recusar um canudinho de plástico, carregar seu copo reutilizável, optar por brechó em vez de fast fashion, divulgar um pequeno produtor local. Tudo isso, somado, tem poder.
Eles transformam tendências em movimentos, hábitos em causas, e escolhas diárias em ações políticas (mesmo que silenciosas). E o mais bonito: fazem isso com propósito, com criatividade e com um desejo genuíno de deixar o mundo melhor do que encontraram. Um mundo com mais propósito, menos lixo, mais colaboração, mais empatia — e menos pressa.
E você, já foi inspirado por algum jovem?
Se esse artigo tocou você de alguma forma, compartilha com aquele primo, sobrinha ou aluno que vive te falando sobre sustentabilidade. 💬 Pode ser que você inspire essa pessoa a seguir firme no caminho dela — ou que aprenda ainda mais ouvindo o que ela tem a dizer. Porque a verdade é essa: às vezes, a gente aprende com quem está chegando agora. E é lindo quando isso acontece.
Aliás, que tal puxar esse papo na próxima conversa em família ou sala de aula? Perguntar quais causas eles apoiam, quais marcas admiram, o que fariam diferente no mundo. Escutar sem julgar, com curiosidade verdadeira. Vai por mim: esse tipo de troca transforma.
Links úteis:
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Texto escrito por: Janaína Roese
Fonte: Mais Conteúdo Online
Com formação em Administração, Pedagogia e Educação do Campo, sou apaixonada por escrever sobre sustentabilidade e práticas ecológicas. Minha missão é oferecer conteúdos que auxiliem na construção de um futuro mais verde e equilibrado, unindo educação e responsabilidade ambiental.